quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Professora da UFRGS é responsável por protocolo que ajudará a juntar famílias separadas no passado pela hanseníase; veja a notícia

Genética ajudará a juntar famílias separadas no passado pela hanseníase


Fernanda Bassette e Karina Toledo - O Estado de S.Paulo

                                         Epitacio Pessoa/AE-26/5/2011
Investigação. Maria Teresa da Silva Santos Oliveira com as
cartas da mãe; agora ela tenta confirmar quem são os seus irmãos

Identificação, que servirá de base para pedido de indenização, será possível graças a parceria do governo federal com o Instituto Nacional de Genética Médica Populacional; entre 1920 e 1970, lei ordenava separação de filhos sadios dos pais com a doença


Isso será possível graças à uma parceria do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) com o Instituto Nacional de Genética Médica Populacional (Inagemp). O programa será lançado hoje, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio. A ideia é que o Morhan mapeie o histórico e os documentos de pessoas que já identificaram prováveis familiares no Brasil para que o exame genético comprove os laços de parentesco. O cadastro atual dos filhos de ex-pacientes com hanseníase ainda é tímido - hoje tem cerca de 10 mil pessoas. A médica responsável pelo protocolo será a geneticista Lavínia Schüler Faccini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E a primeira pessoa a se submeter ao exame genético será Maria Teresa da Silva Santos Oliveira, de 55 anos, que idealizou o início do movimento de encontro dos filhos.