segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pesquisa testa tratamento de esclerose com células-tronco

Um grande teste clínico analisará o possível tratamento da esclerose múltipla com células-tronco, para estabelecer se elas podem conter e reverter o dano cerebral causado pela doença. A pesquisa, na qual participarão 200 pacientes de todo o mundo, será liderada por cientistas do Imperial College de Londres. Eles receberam fundos da Sociedade de Esclerose Múltipla e da Fundação de Células-Tronco do Reino Unido para começar o teste no final deste ano. Os especialistas tomarão células-tronco da medula óssea dos pacientes, depois as tratarão em laboratório e voltarão a injetar na corrente sanguínea, segundo os detalhes do teste divulgados nesta sexta-feira no Reino Unido.
Os pesquisadores esperam que as células-tronco encontrem um caminho até o cérebro para que possam reparar o dano causado pela doença, que causa lesões crônicas no sistema nervoso central e cujas causas são desconhecidas. O pesquisador chefe do estudo, Paolo Muraro, disse hoje que esta é a primeira vez que os especialistas se unem para provar células-tronco em esclerose múltipla em um teste de grande escala.
Os cientistas trabalharão em laboratórios em Londres e Edimburgo, onde cultivarão as células-tronco.
"O projeto de pesquisa de Muraro representa o primeiro teste deste tipo feito pelo Reino Unido sobre o uso de células-tronco para o tratamento da doença", afirmou nesta sexta o presidente da Fundação de Células-Tronco do Reino Unido.

FONTE: Folha de S. Paulo (publicado em 29/07/2011)

Padilha abre Semana Mundial da Amamentação no Rio

A Sociedade Brasileira de Pediatria pediu uma adesão maior de empresas à lei que aumentou de quatro para seis meses a licença maternidade

    RIO - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou hoje no Rio da abertura da Semana Mundial de Amamentação e do lançamento da campanha nacional deste ano, com o tema "Apoie a mulher que amamenta. Seja um amigo do peito". A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), parceira do ministério na campanha, pediu uma adesão maior de empresas à lei que aumentou de quatro para seis meses a licença maternidade.
    Divulgação/Ministério da Saúde
    Divulgação/Ministério da Saúde
    Juliana Paes, madrinha da camanha, em propaganda do governo

    A adesão é facultativa. Entre janeiro de 2010 (quando a lei foi regulamentada) e dezembro, 10.518 empresas se comprometeram a conceder os 60 dias adicionais. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2008, o tempo médio de aleitamento materno exclusivo no Brasil é de 54 dias, muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de seis meses.
    Para o presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SPB, Luciano Borges, quanto maior o número de empresas que aderir à lei, melhor será o aleitamento. "Há um índice alto de desistência entre as mulheres que voltam a trabalhar", disse.
    Durante o evento, o ministério lançou o Guia dos Direitos da Gestante, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). "A ideia é fazer com que todas as gestantes e famílias saibam dos direitos que têm, desde o pré-natal", afirmou Padilha. Segundo a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, é preciso fazer com que a sociedade brasileira apoie a mãe. "Muitas mulheres ainda sofrem preconceito ao amamentar em público. É um ato que deve gerar solidariedade, não discriminação", disse.
    A madrinha da campanha deste ano é a atriz Juliana Paes, que afirmou ainda amamentar o filho Pedro, de oito meses. O ideal, segundo a OMS, é que as crianças sejam amamentadas até dois anos ou mais, com a adição de outros alimentos saudáveis a partir dos seis meses.

    FONTE: Estadão (publicado em 01/08/2011)