segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Aumento de obesidade pressiona governos de países emergentes

Pablo Uchoa
Da BBC Brasil em Londres (08/08/2011)

Governos de países emergentes estão sendo impelidos a adotar medidas para combater o avanço da obesidade, que atingiu níveis alarmantes em economias em rápido crescimento nas últimas três décadas. Dados inéditos da Organização Mundial de Saúde (OMS) obtidos com exclusividade pela BBC Brasil confirmam que, assim como o rápido crescimento do PIB (Produto Interno Bruno), o sobrepeso e a obesidade dispararam em países como China, Índia, África do Sul, Brasil e México. Conhecidos no passado por dificuldade em alimentar suas populações, estes países hoje se debatem com problemas de natureza oposta - em um fenômeno que especialistas chamam de "dupla carga". "A forma com que calculamos o desenvolvimento econômico é simplesmente uma medida do quanto consumimos - então o quanto mais você consume, mais rico você é... e é claro que isso é ruim para ganho de peso", disse à BBC Brasil SV Subramanian, professor de Saúde da População e Geografia da Universidade de Harvard. No mês que vem, líderes mundiais se encontrarão na primeira cúpula de alto nível da ONU sobre doenças não-transmissíveis, que incluem obesidade, e serão exortados a adotar medidas de controle e regulamentação sobre a indústria alimentícia, assim como sistemas para identificar potenciais complicações de saúde em estágio inicial.

Novos impactos

Agência FAPESP (08/08/2011)

– A nova edição do Journal Citation Reports (JCR), divulgado pela Thomson Reuters, lista 10.196 publicações científicas de 84 países, das quais 103 são do Brasil. O relatório mostra que, das 1.075 publicações que receberam fator de impacto pela primeira vez, 35 são brasileiras. O JCR divulga anualmente, desde 1972, o fator de impacto de periódicos científicos internacionais. O relatório funciona como ferramenta de avaliação das revistas e reúne dados do Institute for Scientific Information – ISI Web of Knowledge com o objetivo de acumular e tabular a contagem de artigos e citações de diversas especialidades de ciências, tecnologia e ciências sociais. O fator de impacto foi calculado pelo número de citações no ISI em 2010 – referentes a artigos publicados em 2009 e em 2008 –, dividido pelo número total de artigos publicados pela revista nos dois anos. Segundo Abel Packer, coordenador operacional do SciELO (Bireme/FAPESP), o bom desempenho dos periódicos brasileiros pode ser observado desde a edição de 2009 do JCR. “A entrada de novos periódicos nacionais, de fora do Estado de São Paulo, em 2007 na base ISI contribuiu muito para o aumento do número de artigos e citações de autores brasileiros”, disse à Agência FAPESP.